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sábado, 20 de novembro de 2010

Nada demais.

Valentina - Que difícil é segurar você...
Ele - Faça um pouco mais de força...
Valentina - Mais que isso?...
Ele - Sim, eu te peço. [...] Obrigado, viu?
Valentina - Não precisa agradecer. É só que me entristece te ver assim.
Ele - Eu também me sinto triste. Angustiado, sabe?
Valentina - Vamos resolver isso, eu te ajudo.
Ele - Eu acho que eu não tenho jeito.
Valentina - Pára!
Ele - Eu não aguento mais.
Valentina - Eu te ajudo, olha aqui! Eu estou aqui te oferecendo ajuda. Vem comigo.
Ele - Poderia ser pior, né? Minha mãe sempre me dizia assim.
Valentina - Eu sei, você me disse certa vez. E eu concordo, poderia ser pior.
Ele - E por ouvir isso tantas vezes eu acho que me acostumei a deixar tudo razoavelmente bem.
Valentina - Quando na verdade não está. Você precisa de tempo.
Ele - Eu tô cansado.
Valentina - Depende de você. É só você quem pode se libertar.
Ele - [...]
Valentina - Pode chorar, não tem problema.
Ele - Vai passar, desculpe.
Valentina - Relaxa.
Ele - É que me desespera, sabe?
Valentina - Eu vejo. Mas não deixe passar simplesmente. Faça com que passe.
Ele - Eu vou.
Valentina - Vai o quê? Pensar?!
Ele - Eu vou fazer passar.
Valentina - Promete?
Ele - Minhas promessas não funcionam...
Valentina - Algumas sim que eu sei... Parabéns, vai ser devagar, mas eu acredito em você. Daqui a pouco as coisas vão sendo resolvidas e você vai estar em paz.
Ele - Que clichê esse papo.
Valentina - Mais real impossível.
Ele - A gente se desacostumou com a vida, né?
Valentina - Quase que totalmente.
Ele - Obrigado. Obrigado mesmo.
Valentina - Quando precisar.

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