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sexta-feira, 26 de julho de 2013

Through the Frames

Baby
You don't know me at all
but a special part of me
You already can guess

I'm sure you can see
through your erased phrases
What is happening inside
both
of
these frames

I froze
In front of our distant
and close
boldness

It's so simple
that scares

But let's keep on moving
because in a few weeks
We'll see through
cross
the shamed links
that we did send

one to the other.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Meu Deus

Meu Deus,
Por que é que estou
Tonto?

Meu Deus,
Que o Senhor me desculpe,
Por chamá-Lo assim,
Em vão,
Mas é que estou tonto,
Teria o Senhor
Alguma explicação?

Tonto de amor
Tonto de torpor
Tonto talvez porque possa
Morrer,
Mas Deus, me diga,
Será essa tonteira
Em vão?

Meu Deus,
Como estou tonto.
Troco os passos
Agora ainda mais.
Confundo os nomes alheios
Os meus
Os Seus
Os inúmeros nomes que lhe dão.

Meu Deus!
Como estou tonto!
Preciso de outra profissão!
Preciso de outro
Artesão.

Não desejo mais as
Cruzes.
Não desejo mais o
Não.

Deus,
Querido Deus,
De coração,
Não me instaure mais outra tonteira dessas
Porque eu não caio na sua indução.
Ainda tonto, quase tocando o chão,

Deus, você não! Você: Não.

Minha amada Kekes,

Neste momento em que sigo,
Paro um instante para o que você pediu.

Sinto uma pequena injustiça fazer-me duro,
Impreciso.

Você me pediu desculpas
E eu sinto que a neguei.

Portanto,
Venho aqui
Por meio de palavras que espero
Tenham asas
Desculpar-me
Para que assim
Seja você também perdoada.

Nada entre nós pode ser mais
Do que o amor.

Nada tem valor
Exceto ele
O nosso amor.

As desculpas que até hoje não tinham vindo
Talvez tenham demorado diante da culpa
Da culpa
Que me fez ver te faltar abraços
E beijos
E ouvidos
E presença.

As desculpas que até hoje não teria lhe dado
Apenas não vieram pois achei que te prenderiam aqui.

Mas, agora, inseguro eu
E segura você no seu vôo
Sinto-me na justiça
De apenas nos laçar pelo amor
Que em nós construímos
E que por nós
É vivo

E grande
Gigante
Que num mundo apenas não cabe
E a desculpa que lhe dou
E a desculpa que recebo de ti
Essas são as nossas passagens
Para uma viagem boa,
melhor.

Eu aqui, apenas espero
Enxergando no céu que hoje tem mais cores por sua causa
O vôo de sonhos no qual você embarcou.

Eu aqui, espero apenas
Pois foi o que me restou.

A saudade que sinto
A dor que teimo em doer
São apenas as desculpas que eu quis esconder.

Hoje as devolvo
Com a devida intensidade que acumularam.

Hoje eu lhe devolvo
O meu perdão
Pois já não vejo valor
Em nada que me fizesse não a desculpar.

Hoje,
Fico apenas com a totalidade de nossos dias.

Fico apenas com os desenhos de nossos futuros
O seu,
até onde ele foi
O meu,
até onde conseguirá ir
sem você ao meu lado.

E se por acaso um dia eles se encontrarem
Saiba você, que eu ousei completar alguns pontos
Que eu ousei esticar certas linhas
Que ousei pintar outras cores
Que se não forem suas
Apenas me pareceram ser
Assim
Num dia qualquer
Em que a vi sorrir.


Do seu eterno, Didinhos

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Ópio.

Aqui estou eu
tentando em palavras
a ira do dia.

Multidão.

Essa palavra enzima
quanto mais
mais se evidencia.

Cristãos.

Essa palavra cifrão
que não cessa
de separar

o homem crente
da realidade dura
que é a vida.

Ou doce
talvez doce
mas há penitência
há culpa
há todas essas categorias
que separam

que tiram-nos da vida.

Nem sei
minha poesia morreu faz tempo
sigo fazendo fogo
com palavras temidas
gestos mínimos
quase fraudulentos

Minha ação no mundo
está diminuindo.

Mas ainda aqui está.

Perdida
errada
mordida de iras
múltiplas
essas sim, grandes
excessivas
para além peito.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Desumanizar.

Eis o verbo
posto sobre pódio
erguido sobre areia
da praia
A custar milhões
de um só povo.
Não sei o que fazer.
Não consigo trabalhar
tudo sobrevive
feito desassossego.
Desaprendi a escrever palavras
e minha guerra então ficou muda
enquanto pela pele
correm velozes as iras todas
Querendo-me pura
e retinta
Loucura.
Não sei
como proceder
Seu amor
que chega em breve
Poderá me conter?
Incontido.
Imprevisível.
Impossível, esta palavra
Este precipício
Mais uma vez eu me pergunto
entorpecido de lágrimas (que não cessam
de não sair)
Me pergunto:

  • quando foi que permitimos isso?
Quando foi, quando foi
como foi que deu-se o mundo
nesse abismo (repetitivo)?
Quero subir
sublimar
Quero ficar
duro
feito concreto
afrontar o medo
que me interrompe.

Quanta dúvida certeira.Quanta pergunta já respondida.Nada mais se escondeo mistério das cousas todas é essaneblinade bombas fedendo a saladatemperada a vinagre e pimenta.Chega?
não
em minúsculo verso
esperneio disperso
Não consigo escrever poesia
não consigo me privar da caneta-dardo
impreciso
de novo
impreciso
acreditando numa bondade que o mundo perdeu
Perdeu?!
Se perdeu, o que fazer?!
Por hoje
não durmo
não como
não choro
Não vou sofrer
NÃO VOU SOFRER
vou maquinar

violência

contra quem

me vilaniza

O CORAÇÃO.

Pulsão.

Não, Freud, não estou falando de ti
nem dos seus preconceitos.

Estou falando dessa mola inerte dentro de mim
que me impulsiona ao quase
quase-feito

Desfaço as vontades
e enfim, amanheço

O que pode haver de tão duradouro
que me impulsione a isso
a sempre esse mesmo
meio-desejo?

Estou reféns de hífens
sempre
refém
de ponte
de mim a ti
de ti a meu peito

Estou cheio
de fome
sem garfo
de frio
sem jeito
de pedir agasalho
apenas sobrevivo
inerte
a mim mesmo

Não me vejo mais.
Não me olho.
Não me
creio, apenas
Duvido.

Duvido do desejo
como quem duvida ter nascido de um umbigo.

Corda invisível
na qual me encordo
me enrolo
sufoco
e faço
a mim mesmo.

Cansei do "eu"
do "mim"
dessas palavras ensimesmadas

Pulso
Pulso
Frio
Quente
Meio assim
Pulso
Mesmo
Meio
Meio
Pulso.

sábado, 20 de julho de 2013

Strike.

Papéis
Cinzas
Pilhas e mais pilhas
de enzimas adormecidas
Órgãos
Genitais
Zenitais
O céu está azul
De quatro
em quatro
Se chega
aos dois
Embaraço
Se tu vieres hoje
não avise,
certo?
Surpreenda
o momento
que não te cabe
Avassale.
Avassale.

Drumming Words.


É um meandro.


Medicina.


High.


Lucky.

                                                                                                                                      amanheci. levantei. peguei uma maça. mordi. dormi de novo. acordei com a maça amassada sobre o lençol amarelo da cama desarrumada.
fiz                                                                                    café
bebi             
bebi mais um pouco               
manhã de muitas               RESPIRAÇÕES
                                

Cigarro.

Não foi o primeiro
este que acabei de pagar
Nem o último
a não ser que eu morra assim abrupto
feito a última poesia escrita.

O que espero com isso?

Status é tão cafona.
Nunca acreditei nem quis
nem levo isso comigo.

Fumaça meu sorriso
e eu fico, nele entretido
Eu me vejo em neblina
e desconfio da certeza
de mim.

Posso partir
Eu posso partir
mas também posso
eu sinto
eu sei

- diz o peito ruminando em plena madrugada -

Eu posso partir
como posso ser levado
Dando início a uma sutil
emboscada:

permitir a vida
me viver
me roçar inteiro
até desintegrar-me
e virar adubo
para florescer
outras meninas.

Política.

Temo virar fascista.

Temo virar fascículo
ao falar de política.

Temo tanto
Temo tanto
que nem percebo
(mentira minha)
Sou político ao extremo

Político ao relento

Lendo o mundo doendo
longe
distante
daqui
Da janela do meu computador.

Quando acordo
vejo sim
Eu vejo
as pedras das ruas me atualizando
em profecias concretas:

ontem passaram por mim crianças - era tarde - muito despertas.
Passaram aos montes

como fossem crianças
granulados negros
de inexistente brigadeiros.

Quanta criança.
Esta palavra: política
é mãe de um jardim de infância
Chamado meu país.

Juro que está indo embora.

Essa coisa que me atravanca e que, mesmo sabendo-a, não a sei nomear.
Está indo embora, eu juro (a mim, primeiro), depois a ti. Ao outro. A
todos
  • e todas.
  • Está indo: embora.
  • Indo; embora eu saiba que noutro momento voltará.
Escrevo especulações sobre mim mesmo para não desistir de me tentar.
Não estou pronto, poxa.
Não sou ser humano. Est
ou - estou - sendo humano.Não vem com essa de que eu já seja alguma coisa.
Eu não sou nada fixo, exceto, amante desse punhado de letras mal arranjadas.
Não, não quero mudar o mundo, eu quero mudar a ordem dos móveis da minha casa.
Pra ver se cabe alguém mais que não somente eu
e meus filhos, livros, papéis, canetas e fiapos incontidos de desejos consumidos.
 

Sempre me peço.

Uma verdade. Uma qualquer. Não. Não é uma verdade qualquer. Sempre me peço a verdade que me possa machucar. Sadismo? Não sei o que é isso. É só que as verdades às vezes não bastam. E eu sempre preciso de algo além. Por quê? Não sei. Não sei o porquê. Estou apenas me escrevendo para pedir-me aquela verdade capaz de me doer. Sadismo? Não. É vontade de sobreviver. É só isso. Tirada formal. Poética. Não habitual.

Que estranho (é a segunda vez na mesma noite que uso a palavra estranho). Tenho fome, tenho sono, estou abarrotado de desejos e os prazos, ainda assim, não se convencem de que estou precisando de prazos, prazos para não mais cumprir prazos. Que cheguem logo, os prazos, dizendo-me: nunca mais terás prazos. Apenas prazer.
Vida.
Coisa estranha. Aquilo que fazemos de nós mesmos.

Aquilo que um dia, sim, eu sei, sim, eu sei, aquilo que um dia eu fiz de você.
Canto.Canto feito goteira. Solta uma nota. Zero. Sempre nota zero. E depois me vejo imerso em silêncio.
A verdade da noite - enrolada feito rocambole - é: morrerei no dia em que o fundo branco que sempre me recebe não puder ser branco.
Bobeira.
Sempre me perco.

2 WEEKS

AND THEN
you will be here
CLOSE TO ME.

CURIOUS
the last time
wasn't you
but an other
I FEEL STRANGE.

I WON'T BE BAD WITH ME
love is like that
at least
inside this heart here
CAN YOU SEE?

ALL I WANT
is the taste
of some moment
of us two
CAN I?

...

MAY I HAVE YOU
AND YOUR HUG
in bear form
FOR A WEEK?

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Desculpa

Falta-me tempo
para lhe escrever poesia.
Resto impaciente
sujando o teclado
com cinzas.
Hoje
só amanhã.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Filho.

Noite

1 garrafa de coca cola
ode ao capital

1 maço de cigarros
brinde ao câncer

1 computador velho
lira ao pós-moderno

1 pênis na mão amassado
ausência de terapia desde o dia do meu nascimento.

Antes

Antes eu escrevia por quantidade
quanto mais
mais poeta
eu pensava ser.

Hoje que já nem escrevo
penso
Escrevo para quê?

Talvez
- suspeito -
para saber
que não adianta saber
coisa alguma.

Todo conhecimento
leva ao sofrimento.

Me faz burro, eu te peço.
Me faz burro.

Serventia

A mim
eu
essa palavra que não cessa.

Servido a mim
apenas
Mim
essa repetição sonolenta.

Perdi as letras para tu
perdi as metáforas para o movimento do tempo
perdi espaço
perdi qualidade

sobrei só
chato
repetindo
lemas
que não creio
nem mais
sequer
alimento.

Esqueci como escreve arrepio
arrepio
tremor
isso
não sei mais.

Fiquei rico
3 dicionários
várias línguas
e no entanto

como agora

no entanto

toda noite
resto eu cá
suprindo em versos fáceis
o impossível de estar vivo.

oh, merda

por que fui desconfiar tanto de deus?

resto hoje
sem mim
sem tu
sem amigos.

domingo, 14 de julho de 2013

Demora.

Estava demorando
para chegar a madrugada
e junto a chuva
Me fazer escrever.

Nem sei se quero
Talvez não
Nem sei se devo
Me deixar cumprir prazeres.

A métrica é ultrapassada
O que se constrói ultrapassa
e fica
o corpo
inerte
pedindo remendo.

Hoje não, coração
Hoje terás que ficar só
lutando contra si mesmo

domingo, 7 de julho de 2013

Atraso

Sem razão
O gato hoje resta inerte
sem ração.

Não, hoje não.
É tanta coisa que parece a vida
contra-mão.

A coluna vai dobrando
sobre a vergonha
de si própria.

Os olhos remelentos
só se lembram do sorriso
que deram noutrora.

Palavras difíceis desafiam a concordância
com este momento, desfiam
a possibilidade de remendos.

Tudo quebrado
e com gosto
de vitória.

Por ora, hoje
é o agora.

Por ora, agora
Não chegarei a tempo.

Estou meio assim
aos remendos

Meio assim
confusamente
potente.

Confusamente
doendo.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Horrendo

Its how I fell
This month starts
And then
I ask Jesus

Where is the sky?
Where is it?

No answer.
No answer.

De novo julho

Acabo de passar pelo estádio Maracanã.
Mas sequer dormi bem esta noite.
A fronteira entre dia e luta opera distante.
Sonho feito pós apocalíptico.
Não era isso que queria escrever.
Sexta feira estreio Vermelho Amargo.
Até lá muito a fazer, a assimilar.
Como se diz poesia?
Como se abrir ao meio e via poesia
Deixar ficar o mundo no colo colocado.

Estou enjoado, no táxi
Mas vai passar.

O táxi vai me passar desta para outra
Estação.

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