Sem razão
O gato hoje resta inerte
sem ração.
Não, hoje não.
É tanta coisa que parece a vida
contra-mão.
A coluna vai dobrando
sobre a vergonha
de si própria.
Os olhos remelentos
só se lembram do sorriso
que deram noutrora.
Palavras difíceis desafiam a concordância
com este momento, desfiam
a possibilidade de remendos.
Tudo quebrado
e com gosto
de vitória.
Por ora, hoje
é o agora.
Por ora, agora
Não chegarei a tempo.
Estou meio assim
aos remendos
Meio assim
confusamente
potente.
Confusamente
doendo.
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