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domingo, 7 de julho de 2013

Atraso

Sem razão
O gato hoje resta inerte
sem ração.

Não, hoje não.
É tanta coisa que parece a vida
contra-mão.

A coluna vai dobrando
sobre a vergonha
de si própria.

Os olhos remelentos
só se lembram do sorriso
que deram noutrora.

Palavras difíceis desafiam a concordância
com este momento, desfiam
a possibilidade de remendos.

Tudo quebrado
e com gosto
de vitória.

Por ora, hoje
é o agora.

Por ora, agora
Não chegarei a tempo.

Estou meio assim
aos remendos

Meio assim
confusamente
potente.

Confusamente
doendo.

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