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sábado, 20 de julho de 2013

Sempre me peço.

Uma verdade. Uma qualquer. Não. Não é uma verdade qualquer. Sempre me peço a verdade que me possa machucar. Sadismo? Não sei o que é isso. É só que as verdades às vezes não bastam. E eu sempre preciso de algo além. Por quê? Não sei. Não sei o porquê. Estou apenas me escrevendo para pedir-me aquela verdade capaz de me doer. Sadismo? Não. É vontade de sobreviver. É só isso. Tirada formal. Poética. Não habitual.

Que estranho (é a segunda vez na mesma noite que uso a palavra estranho). Tenho fome, tenho sono, estou abarrotado de desejos e os prazos, ainda assim, não se convencem de que estou precisando de prazos, prazos para não mais cumprir prazos. Que cheguem logo, os prazos, dizendo-me: nunca mais terás prazos. Apenas prazer.
Vida.
Coisa estranha. Aquilo que fazemos de nós mesmos.

Aquilo que um dia, sim, eu sei, sim, eu sei, aquilo que um dia eu fiz de você.
Canto.Canto feito goteira. Solta uma nota. Zero. Sempre nota zero. E depois me vejo imerso em silêncio.
A verdade da noite - enrolada feito rocambole - é: morrerei no dia em que o fundo branco que sempre me recebe não puder ser branco.
Bobeira.
Sempre me perco.

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