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quinta-feira, 28 de junho de 2018

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sábado, 2 de junho de 2018

Ainda estamos dançando

Desço da condução. Estou no centro da cidade. São nove horas da manhã. O sol ainda não machuca. O céu está azul. Escuto uma música cantada por uma mulher. Da letra, entendo pouca coisa. Mas alguma coisa dentre tantas reverbera em mim de forma intensa e delicada.
Meus olhos então se enchem de lágrimas. Penso em você, Kekel. Penso que tínhamos quase vinte anos quando você decidiu ir embora e foi. Lembro daquele fim de ano em que corríamos alegres pelas ruas da cidade. Tento resgatar algum dia, tarde ou madrugada, em que dançamos juntos. Mas percebo que ainda a dança não parou.
Estamos dançando, minha amiga.
Tanto tempo já passou e a gente ainda enredado um no outro. Por vezes mais presentes, noutros instantes tudo solto. A beleza mora também no desencontro porque seguimos juntos. Dançando.
Quando meus olhos pesam, em praça pública, e o sol me acalma e expande, troco passos e forjo uma dança envergonhada que só mesmo a gente poderia assimilar.
Ainda estamos, nós dois, dançando. Dançando a morte e a vida da morte, sua vitalidade, nossas escolhas, os fins como princípios, eu danço tudo. Danço como quem perde, como quem sabe que perder é estar vivo.
Te perdi, minha amiga, mas feito o sol que ora vem ora foge, você segue comigo. E hoje, ontem, eu danço não para apavorar os meus medos, mas por estar certo que esse espanto, esse susto que não cessa, é também o nosso laço.
Estamos dançando, minha amiga. Ainda estamos. Fecho os olhos. As portas se abrem. Escorrem lágrimas mornas de sol. Tudo me completa e em mim cria abrigo.
Ontem, ao dançar sob o sol nessa cidade tão abrupta, mirei ao longe um prédio alto e de lá te vi se lançar. Acompanhei a imagem do seu corpo tombando para dentro do mundo. Este mundo, esse mesmo, sobre o chão do qual ainda danço.
Nós dançamos. Ainda estamos dançando.
E nada agora é sobre te amo ou mesmo sobre faltas ou saudades. Eu danço, Kekes, eu danço esse vínculo que, às vezes, me solicita atenção, me reorienta os passos, me pede pausa e me faz parar.
O dia está lindo. Eu olho ao céu e você reluz por todos os lados. Como não te ver? Como não sentir? Como não dançar sozinho com você?

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