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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Why I Wish Wonder Waves

Because Its a possible game.
For sure, I mean:
I will try always more than my best
I'll try my trash
My shit and fucked ass.

No reserve.
No deserve.
This game of life
Of lie
Of rip and cry
This game is only one kind of write.

I won't forget that green chair.
I won't forget the chairs
Even If I Forget The Money To Buy Them.

Sorry. I can't make it over hard
It is simples as the fog.

Great
Slowly
I can see it starting and draw
Show me how you're going turn around.
How will you dismiss this this?

For today I am a man
For tomorrow I'll be a child
And even after it all
I'll be only time
Whereno rise.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Alergia

Meu amor, voce tem irritado minha pele
Inflamado meus pelos
Tem doido meus olhos
E impedido-me a respiracao plena
Tens me roubado o gesto tranquilo
E trancafiado-me em tempos agudos de coceiras
Ininterruptas.

Meu amor, eu descobri tudo
Agora que me inflamaste a alma
Eu te amo.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

ISSO ALCANÇA?

UM CALOR FAZ DIAS NÃO SABIDO

UMA PRESSÃO PRÉVIA QUE ANTECIPA O TRANSTORNO AINDA NÃO VINDO

EU SOU UM PROBLEMA AMBULANTE

EU NÃO SEI DE NADA

EU ACHO QUE ESTOU TRABALHANDO PARA MORRER

SEM PERCEBER

PARA MORRER DE SÚBITO

E EM OUSADIA

DISFARÇADO.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

sede

não sinto sede
é que abri as portas da minha casa
e agora ela é a sede
do teatro inominável

o inominável

companhia teatral criada em 2008
nesta cidade do rio de janeiro
adassa + dan + diogo + flávia + helena + natássia

e agora
a nossa sede
a minha casa, também
moradia e trabalho
all the day long

eu não sei porque
mas essa organização
fez as coisas parecerem
ter sentido.

 

isso me dá medo
mas por que não

- apenas dessa vez -

se deixar surpreender por isso?

se deixar se levar?

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domingo, 19 de fevereiro de 2012

sem título_09

coloco o som dentro de mim
tenho na região do sexo
uma coisa tipo ventre
é bem por aqui que meu corpo
cede

e enfim
padece ou se recria.

não muda muito
o salto alto deposto
a barba feita
resta o sexo duro e seco
absorto,

de que sentido me encheram?

(encheram no over sentido
no exagero costumeiro que consome
e mata)

de que sentido me encheram
que me perdi de qualquer desafio?

não sei dizer
meu ventre engole o som
e treme
inerte
mas preciso

queria se possível
ser vida outra vez.

---

sábado, 18 de fevereiro de 2012

paste

fingers with carbon
soul transparent
in transtorne.

in trans
tone.

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ferro

e se derrete
seu caminho
anuncia a própria perdição
que duro ser
que duro quase em vão
para onde foi
o esquecido?

olhos duros
peito tremeluzindo
como fazer, oh céus
para se ser
logo aqui
quando o mundo
está se dissipando
e se auto-
piedando

como se faz?

silêncio retinto cheirando a túmulo vazio

poesia maldita que me roubou dos dias

sigo acreditando em mim
a cada vez mais crente
a cada vez mais indistinto

me confundo no crime que condeno
me perco por inteiro na falta
que nunca me consumiu

me perco, eu sinto
eu sei, me perco
e se tento me encontrar
eu mesmo me digo é tarde
para se achar

está escuro
uma música sem fim
bate dentro
e fora
e ao redor
de mim

tudo que girava feito rodeio de amor
agora pesa e faz de meu corpo

móbile indistinto.

eu só queria dizer
que eu acredito no que é certo.

eu acredito.

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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

for sure

eu sei dessa alternativa
vi nos filmes
nos romances
vivi isso em vida

eu sei que pode ser isso
eu sei que posso não querer
certas coisas
e enfim
aparatar.

mas,
fico pensando
se nesse jogo da certeza
e do poder partir
se não seria nesse
jogo
exato
onde eu seria capaz de me reencontrar.

onde foi que me perdi?

onde foi que?

me perdi.

mas resvalo ainda breve perfume de uma vida quase dada ao certo.

gargalo

vaga imensa
escorregador para adultos
silêncio negro como a noite
susto abrupto
e consistente

perde a graça eventualmente
mas se fico
também em mim perdura
a dor

e penso em morte
no câncer que não o meu
na minha falta
de amor
e sorte

imenso e largo
estupro previsto
calculado
e jogado

drogas
dúvidas
deuses falecidos
débito
débito

não ainda, suicídio.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

anamnese

ponto negro em meio ao brilho estrelar

                      

dom

dor maior
não sei como agir
sinto que perdi
o tempo
em busca constante
mas e agora
o que faço
se fiz do meu presente
dança inoperante?

que fazer
eu pergunto
sem força ou tiro
que arrebente o destino
em possibilidade.

eu hoje por sobre mim me lanço
sem dor excessiva ou embargo

eu me lanço sobre mim
buscando nisso certa validade
certa resposta capaz de me deter
junto ao tempo.

queria ter dado certo faz tempo, mãe

só que não veio
e isso não me entristece
meu encanto pelo mundo
foi mais simples
não teve o brilho
nem a eternidade
da sua televisão.

se me olhasses, mãe

com olhos humanos
se me visse sem piedade
e sem excesso de cor
e pranto
talvez eu lhe bastasse.

mas perdi
para ti sou já ser ido
poderia
para ti
se me houvesse vergonha
entrar na fila
e ser mais um banco
ou corporação

não quis
não quero
não posso
isso não.

dentro de mim, mãe
as forças sem nome
pedem caminho
e comunhão.

a minha pele enrubece
com o distinto
que é a revelação
o toque
a fala
a cor sem cor
a tinta sem cola
o brilho capaz de ser esquecido.

o meu tempo sobre o mundo, mãe
o meu tempo já passou
é hoje
história em poeira-livro

eu vivo
atualmente
a possibilidade que morreu em tempos idos.

eu vivo você, mãe
sua história embaçada
eu vivo o seu pai, meu avô

sua guerra e seu paternalismo-jaula.

eu não quero viver nuvens
eu não gosto de vida-novela

me perdoe

mas no domingão do faustão
o máximo que haverá sobre mim
será o seu olhar persistente
vagando sobre a tela
a procura do filho
que você não teve.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

o f í c i o

estou convicto
a força em mim
é capaz de fazer nascer um dia,
eu sei.

estou cansado
a dor em meu corpo
porém, sobrevive em mim
cômoda
sem degradação.

se agora paro um instante
é porque tudo que range
diz mais de mim
do que se poderia supor.

quero dizer,
as coisas se encaixam
nessa delicada criação
de mim mesmo.

quem se importa?

eu não me importo
não mesmo
mas é só que o íntimo
por vezes pede
reconhecimento.

mas tudo bem
amanhã dor maior
há de engolir minha atenção
e tudo então
será memória
esquecida.
 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Denuncia

Primeiro passo
Desacordo tremeluzindo
Que poderia ser feito
que nao fascismo?

Eles ouvem cancoes adocicadas
Penso que nao seja grave
Ouvir o mundo
Em outra batida.

Abrem-se os olhos
A vida exala seu desespero
O que fazer para alem do sim
e do nao?

Restam apostas-interrogacao
Falta a performance
Do meu descontentamento burgues
E intelectual.

Talvez a purulencia em primeiro
Pudesse ser capaz de protagonizar
Manchetes sob as quais
Se esconderiam mais latrocinios.

Talvez minha ira individual
Pudesse ficar quieta junto comigo
Para fazer da noticia
Espaco para o corruptor
Assumido.

Talvez nem ontem nem amanha
Talvez nem isso
Talvez a rede
A rede possa dar conta
De pescar tudo
Para enfim matar e
Morrer apenas aquilo
A principio
Por nós querido.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

fluxo

não saberia explicar

nem me fazer compreender

é que quando falo

as coisas de fato parecem

se encaixar

e ceder

 

o verbo vira gesto

a torrente de palavras consome o ar

e multiplica a perdição

isso é bom

isso é bom

se perder na rima

e erguer nisso outra

construção

 

fluxo é verbo

eu fluxo

o mundo

e seu entorno

eu fluxo em tentativas

eu fluxo

eu transtorno

essa palavra

essa gesto

esse encontro

 

fluxo ação

menstruação

seu peso

seu ódio

seu corpo

seu mistério irresoluto

sua missão.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Passeio,

Eu paro um segundo

preciso reunir forças para o que virá depois

Tudo bem, será assim

Um dia eu soube que eu precisaria ultrapassar limites
se me quisesse me brindar a mim mesmo

Parece egocêntrico
parece errado e em si mesmo
muito colado

Mas o que sinto

o que quero

a forma como vejo
sai de mim, sim
sai de mim

Eu preciso te dizer.

Que toda essa ira

toda essa investida

tem fundo
tem peito a mover
a bater
e impulsionar

Não quero que fique triste
não quero que exceda o seu sorriso
solar

Quero apenas que sinta aqui
comigo

como pode ser essa coisa de se importar com o extra-umbigo.

Eu sei
eu sinto
Eu posso perceber
Há coisas que estão fora
e aqui resta o convite feito
Vamos sair?

Depois de tanto dentro ficar
vamos sair?

Eu te convido.

Vamos nos passear fora de nós mesmos.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Oh FICCAO

Bem sei que aqui escrevo a prosa que minha vida tem sido incapaz de continuar
Os versos cheiram revolucao mas minhas maos pesam o onus que tem sido nao te observar
Nao fosse essas linhas invisiveis talvez eu pudesse ter querido me ou te estrangular
Mas versos, voces me rendem na medida exata para nao me perder por completo e ou demais me machucar
Sao voces versos meus hoje mais que nunca a possibilidade unica de me fazer amor
  

Deturpo

O seu sentido
Ja nao me serve voce inteiro
Nem lacrada nem despido
Sua graca morreu abrupta
Nesse jogo vil
De eterna seducao.

Seu umbigo hoje implora por alivio.

Cessou meu respeito
Meu desejo de partilhar
Trabalho e afeto.

Voce me fez te desistir
E tudo hoje meu a ti
Nasce morto
Nasce pouco
Cansei
Perdao
Cansei novamente desta constatacao:

voce eh so uma crianca com barba
a sua vida eh recreio e merenda compartilhada
Comigo nao.
Comigo nao.
   

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Do Cansaço

Nao consegui
Perdi vontade
Deixo para tras
Inumeras idas
Outras varias investidas
Cansei
Nao quero de novo me lancar em busca
Meu sono eh eterno
E cheira a morte
Amigos
Oucam a musica
Deixem-se dancar
Eu cansei da logica
Cansei de logicas quebrar
Fui vencido e lutei
Lutei e venci
Mas falta tanto para alguma outra coisa que eu nunca cansei de buscar
Nao sei se quero
Mas sei que se agora paro
Meu corpo a mim me diz
Muito bem
Paraste a tempo
Amigos
Seu nome vem hoje sem interjeicao
Treino a minha despedida
Em versos
Para ouvir vindo a batida final
deste coracao
Cansei
Eu sei
Foi cansaco
O mundo me cansou por completo
E nao quero depender do abraco
Que nao veio
Nem do cafe
Que hoje passou do ponto
Queria andar tranquilo sem pretensao de eternidade
Queria ser mais simples
E ter ombros ajustaveis
Nao
O mundo me tirou de mim
Fico doente
Fico-me ausente
E tudo o que faco transbordo a ponto de matar
A sede
A fome
O desejo
Eh tudo pretexto perder
Nem mais me importo
Indifere hoje a mim
O papo do ser ou nao ser
Em mim tive o mundo em revoada
Hoje desejo o fim
Hoje me dou o direito de nao querer mais nada
Nem a ti
Nem a cura
Nem a mim mesmo.

Tiro

A sua indiferença destrói tudo
A manhã que não veio
O cigarro sequer acesso
Dinamita a paz
cosida hoje cedo a café
E silêncio.

Destrói tudo.
Tudo mesmo.

A saúde
O futuro
A cidade tomba
ao meio.

E no entanto
Sua indiferença é brisa medrosa
Sobre o meu peito
É rima suja
e sem caminho
Não seca a fonte
Nem endurece sequer
um fio
Deste cabelo todo planejado
Pra te amar.

Sua indiferença é tiro
INVERTIDO
Jogo frágil feito de papel
E gemidos.

Não vai me ganhar.

Pleno caminho intranquilo
A cova que em mim você abre
será seu túmulo
Será seu último
Abismo-Intransponível.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

trajecto


o tempo não existe. o que existe é passagem
tempo é apelido para a palavra passagem
                

again

i will try
to do my best
but not the best way
just the best
as possible


don't wanna try the impossible
it is already here
i'm the impossible
every morning
i am
what the world could not be


and if i walk fast
and if i can't smile
the impossible make me
its home


i don't wanna be this lie
i wanna go
stay
or only in tries
live forever (till
i die)



nothing is confuse
everything is clear
and in the middle
and in this middle
life happens,


so let it be
let it bit.
    

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