Mudo ao som do sonífero
Subo à cama e dela despenco
rumo ao mais profundo
abismo
E fico,
nas horas sigo entretido
Que pode haver na escuridão
que já não seja sabido?
Fui eu quem me mordeu primeiro
Eu quem primeiro maculou meu sorriso
Eu quem antes de ti já me tinha partido
Eu, antes da mãe e do pai
que na manhã domingo
quebrei o predileto brinquedo
eu que me fiz fome
e me dei sede
Eu que me trouxe a doença
eu que me afastei de ti
Pelo quê então posso ser rendido?
Se dentro da boca
conservo a carne dela mesma em pedaços
Pronto para saciar
esta fome que não me abandona nunca
Este silêncio que sei desde antes
carregar preso dentro do umbigo
Este vácuo, ouve?
A vacilar em meio a tantos risos
que em mim mutilo
para nunca deixar de duvidar
da perdição que é escrever
o próprio destino.
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sábado, 27 de novembro de 2010
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2 comentários:
gostei mais desse layout.
mais clean.
mais gostoso de ler.
beijo e saudade.
eu te escrevendo aqui e acaba de chegar um email teu;
coisa linda.
conectados na mesma vibe no exato instante.
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