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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Contra-me

Fazer tudo distinto de como eu normalmente faria.

Sinto-me ao hábito aprisionado, portanto, para o próximo ano, eu me desejo o susto do gelo contrastante ao meu dardo já e desde sempre lançado.

Onde me irrito, vou sorrir. Onde me ressinto, vou me energizar. Onde me assusto, vou me interessar. Nada deve me privar o movimento, exceto a vontade de andar.

Mesmo, a vida pode ser distinta, o problema é o medo do que se anuncia. Não me parece mais possível continuar no mesmo barco. Estou doendo e sinto o sal do mar me pondo em molho, em câmera lenta. Estou morrendo aos poucos e junto aos meus hábitos sobrevivo eu em conserva.

Pode ser assim, senhor? Agora te acredito! Juro!
Quero a fé com a mesma intensidade do meu ceticismo. Quero a fé com a mesma violência dos sequestros relâmpagos, sem tempo para compreender nada exceto que se está nas mãos do outro.

Quero a poesia na vida e voltar à vida, apenas movido por verso.

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