para vingar
a vingança
destinada
a mim mesmo
hoje eu quero deitar
e permanecer inerte
sobrevivendo
ao tempo
venta tanto aqui em casa
e mesmo assim
as janelas fechadas
o silêncio perfurado
por uma
ou outra
felicidade
vizinha.
eu me alimento
eu quero trocar a roupa de cama
mas hoje sou cama
sou lençol
não sou pessoa
não quero que me liguem
que me chamem
que escondam
em mensagens parvas
o desejo
a fome
e a carne
hoje eu estou bem
desde que continue
esquecido
hoje eu queria
estar morto
mas amanhã
amanhã eu vivo
amanhã
eu
vivo.
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