de agora em diante
só vou escrever poemas
para expressar isto que não sei hoje
e que nem mesmo amanhã
terei condição de saber.
chega de usar poesia para falar do que já soube
do que provei
e gostei
do que provei
e não gostei
do que já soube
ou do que você
um dia
outro
noutro dia
me fez saber
desfilo os dedos impacientes
buscando nisso
alguma coisa
incapaz de se fazer crente
sigo esperneando
a procura do quê?
da batida
da batida
dos dedos
como fossem corpos
dançando
ágeis e sema cento
sem gravidade e por vezes
somente
somente
aquilo
aquela força
que toma
que toma
!!!
que pega
e invade
e conduz
e cidade!
pronto
num segundo
eu aqui assino
a possibilidade de ser medonho
mesquinho
de ser genial!
de ser gênio
e ser sozinho!
de ser pai
e reunido!
nos filhos!
a poesia me serve imensa
porque eu pequeno
querendo grandeza
encontro apenas
o lúdico disso.
querer ser grande
só pode mesmo
ser delírio
ser brincadeira.
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