eu toco os joelhos
sobre o chão
empoeirado.
eu passo a mão
feliz
sobre a poeira
sobre
o tecido
aveludado.
eu deixo escorrer
suor
sobre a pele
recém-lavada;
eu corro até a pia
pego gota no ar
pego no quente
no frio
no estorvo,
eu trago
ao meu colo
ao meu íntimo
ao meu sossego
o seu risco
mas por quê?
para quê?
eu sigo
acreditando
que ser o meu melhor
será
para sempre
o que posso
sempre
só
fazer.
não me resta alternativa:
sou hoje
como ontem fui
e amanhã serei
o que posso ser
de melhor
como fosse
eu hoje
embrulho florido
para ti,
como se toda a minha vida
fosse ação
una
a te
servir.
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