Pudesse eu ouvir sua voz logo ao acordar
Quiçá eu pudesse acariciar seus cabelos
sem pressa de ir embora, ao trabalho.
Pudesse eu ficar entretido nas tuas ideias
Quiçá eu pudesse o seu nome completo
os seus sonhos todos os seus medos.
Mas não importa. Não, por agora,
nada disso me fere ou lança ao diante.
Eu volto, me controlo e me seguro
pensando na paz do encontro ainda agora
vivo em sonho, apenas.
Pudesse eu dormir e acordar para dentro
Quiçá eu pudesse remendar a vida com seus beijos
sem medo de neles ficar obsessivo e preso.
Pudesse eu fruir seu corpo inteiro
Quiçá eu pudesse empacotar este meu desejo
e conservá-lo em banho-maria,
Mas não. Quando você voltar
- se você voltar
ou quando eu for
- se eu for
Tudo vai ter que ser de novo
como se fosse a segunda vez
quiçá terceira
(eu não me lembro)
mas de novo outra vez
quero te tentar.
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