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domingo, 16 de janeiro de 2011

Oh, canção!

Não entenda errado,
eu não escrevi nada dizendo como entender, eu sei
mas não entenda errado.
Tudo aqui disposto quer o bem
o seu, o meu e sim, o nosso
então, por favor
não entenda nada errado
porque os versos querem todos cantar nossa harmonia.

Eu te peço,
não leia a poesia querendo achar confissão.
Tudo aqui está claro e preciso
e aberto e cortado
tudo dos versos despenca e vaza
é sumo desse encontro
meu e seu que ainda teima em postergar-se.

Mas não! Não ouse viajar demais.
Gaste seu tempo fazendo outra coisa
na novela ou no romance
na feira ou no abridor de latas
eu te peço, apenas, não perca tempo
com o que não se pode interpretar
mente minha mente quando distante de ti
portanto
há que se aguentar,
para não cair na asneira de achar no verso
o beijo ou a falta que acaba por nos limitar.

Eu te quero, olha.
E falta te dizer.
Então não vá lendo esse verso achando que eu quero me casar com você!
Não! É verso-imperfeição,
feito para suprir este soluço de coração
que irrompe no início da madrugada
pedindo reconciliação!
Mas não!
Poderiam ser tantos,
há tantos vocês que não só você,
então não viaja
fica na sua
e me deixa te sofrer
em metáforas distintas
em mortes ensaiadas
o nosso amor sempre existiu
independente da sua
ou da minha
autorização.

Não creia em nada, eu te peço.
É tudo golpe do meu peito para amenizar seu tormento.
É tudo golpe do silêncio querendo confessar sua confusão.

Não entenda errado.
Há só uma coisa a ser entendida
e eu hei de entregá-a a ti
quando colar minha boca a sua
e fizer junto a ti
canção,

Aguarde,
já já cantaremos juntos,
Oh, canção!
Oh, canção!

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