poesia juvenil desorientada
olha para mim que te cria e diz
quando estarás finda, acabada?
não aguento mais você
nossa caso é o vício ou a morte
mas como não quero findar neste ato
persisto triste viciado
fazendo malabarismo com a aridez
de suas partes,
me comove, vai
me desestabiliza
pára de ser em você essa minha cara
pára de repetir a minha rima
inferno!
nos apaixonamos, foi isso?
responda!
nos apaixonamos e isso é a merda do século.
depender de ti para olhar meu dia e dizer
que solene
belo
transtorno.
NÃO!
eu não quero ser repetido
eu quero repetidos não seres
metáforas indecifráveis
não serás minha solução
pois desde já eu não tenho cura.
viste?
não perca seu tempo desenhando formas amenas
desenhando escudos e adagas recicláveis
aproveita o meu corpo
e desenha feito fosse asfalto
o grito dos pneus acelerados
desenha o corpo impresso do bicho atropelado
desenha a comunhão do calor com a escuridão
vem, eu te peço
e me diga todo ao contrário
sem mais doçura
sem mais consenso
entre a forma
e o conteúdo.
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