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quinta-feira, 8 de abril de 2010

ainda não tudo.

diogo
ela dançou repetidas vezes. ela dançou mesmo até o chão. ela comeu macarrão. ela bebeu vinho. ela riu. ela riu. nós rimos. eu comi macarrão. eu bebi vinho. nós comemos chocolate. nós rimos. nós rimos muito. nós, como se diz, nos divertimos. no entanto, aqui estamos: como? eu não sei: estamos vivos. o que fazer? como se faz para se acabar? se se morre de tanto dançar? se se morre de tanto comer ou por tanto esperar ou eu não sei. a gente é medroso? a gente é incapaz de lidar com isso com esta com essa possibilidade do fim? eu não sei. eu não vou. eu fico. ela ficou. nós persistimos. persistimos contra a ida. no entanto, persistimos indo. já indo, vês? os dois se olham e percebem, não ir é desde já ter partido. e por que o sofrimento? ela me olha sorrindo. há sofrimento, eu me pergunto em silêncio? haverá sofrimento? ainda não sei explicar.
dominique

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