E aqui resta o pão
a vela apagando podendo se quiser
não quero
ser chama
Restam coisas sobre a mesa
e sob a cama sequer poeira
Tudo limpo assim como quis
tudo explícito
Faz-se agora pó em rio
vai tingindo a água seu pranto férvido
E convertendo secura
em brilho
Sonho
tomado de mim por mim mesmo
sigo contemplando este espaço vasto
espaço íntimo, no qual já não choras
Porque
É parte
deste todo
Sofre o segundo
feito fosse semente na terra soterrada
feito fosse pólen no ar perdido
feito gota de suor com beijo secada
feito fosse assim poesia
plena passagem em meio à desgraça.
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