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terça-feira, 30 de março de 2010

02:56

olha, eu não vou parar de buscar.

pode essa chuva cessar agora

pode o sol se antecipar

o meu sono ter ido embora

eu sinto eu sei eu já nem ouso duvidar

eu não vou parar.

porque é busca doentia

faz-se agora e fez-se ontem

faz-se nessa manhã que se anuncia

e por qualquer preço

e se diante do belo

ou se ante o absurdo

a tudo e todos para quem eu olho

o que se me devolve é o inseguro

clamando definição

clamando à complexidão

inata, destes mundos fantasiados

em corpos objetos sinas

em destaques,

eu não vou parar.

antes foi ruim.

agora me parece pior.

existe um gosto pelo precipício

que quanto mais se busca o fim

mas se enerva o destino,

eu estou cego

não por não ver

mas porque ver

meio que se tornou

destino

inevitabilidade

minha noção de tempo

e espaço,

ver se tornou meu domínio

onde eu resto

onde eu reino

onde eu persisto

onde acumulo.

aqui. onde eu acumulo.
hoje me parece
inclusive
ser onde mais tenho espaço.

Um comentário:

Lady Salieri disse...

E descobrir esses cantos é o melhor =D

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