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quarta-feira, 17 de março de 2010

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Olha, eu olho lá para fora
E o sol está surgindo
Rompendo aos poucos essa preguiça
Essa atmosfera impregnada pelo hábito.

Eu a reproduzo.

Acordei tomei banho
Mas troquei a toalha
Fiz café e ao invés de pão
Hoje eu comi uma torrada
Sentei-me diante do computador
E fora e-mails
Fiz nascer poesia.

Existe sempre alguma tentativa
Que desordena o já vivido
E mesmo as rimas

mesmo as rimas,
às vezes precisam se pôr em risco
sem medo de flertar
com a destruição.

Olha, eu olhei de novo lá para fora
E o sol já está gritando
Rompendo aos poucos essa preguiça que é do mundo
Porque sinceramente

dentro,
aqui dentro
Sou todo máquina
Todo construção

Eu Estou Amando.
E este é o meu hábito
Seria minha condição?







Não. Não me diga não.
Deixe-me enganar
como fiz hoje com o guarda-chuva
que acreditou – por uns segundos -
que haveria passeio nosso
que haveria comunhão,

Não.

Não diga nada.

A gente há de aprender jogando.

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