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sábado, 25 de abril de 2015

Dos olhos e seus abraços

Por vezes não me parece possível
achar inda algo capaz de ser revelado
Por vezes o mesmo é desde cedo
meu marido e namorado.

Por vezes o gosto já foi dado
nem sobra surpresa nem alarde
Tudo resta já acostumado
nem guerra nem intriga

Por vezes tudo conformado.

Mas vezes só às vezes
Vezes nem sempre é ponto dado

Desfiado resta o espírito
quando por um olhar abraçado.

Agora, por exemplo,
fui longe e voltei
Ainda não todo voltado

Seu olhar me abraçou e volto eu para casa humilhado.

Pode haver abraço maior que este
o dos olhos interessados?

Desligarei o telefone
desistirei de todo o mais
Ficarei retido
tipo estátua

E conservarei o encontro
dessa semente sequer plantada.

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