Olímpia tomada de novo ar, percorre o espaço e os convidados com os olhos vivos. De repente, estaca distante de Natanael, porém ele é capaz de ver seus olhos imensos, lacrimejantes,
Natanael – Olímpia, não chore, por favor! Não chore, você não pode chorar!
Olímpia – Quer dizer que assim você não me reconhece?
Natanael – Olímpia, meu amor, os seus olhos...
Olímpia – (interrompendo-o) Ainda são os mesmos! Os mesmos olhos, aqueles que a sua paixão fez maiores, e sempre mais infinitos. Agora me diz, não me reconhece?
Natanael – Não... Não precisa dizer nada eu posso muito bem entender...
Olímpia – (interrompendo-o) Mas se então eu falava, um mundo irreal surgia a sua frente! Eu sempre soube, desde o inicio, que bastava um olhar...
Natanael – Como assim desde o início?
Olímpia – Porque eu percebi que não te importava o que eu falava, mas sim o tom em que você formulava as suas perguntas, meu amor. Foi por mim que você se enxergou, e se declamou, e por mim quantas vezes você se beijou e agora que eu te vejo, você vem me dizer que não me conhece?
Natanael – Não me olhe desse jeito...
Olímpia vai ao chão e deitada começa a dar passos de ballet. Aos poucos, porém, seu movimento se transforma num contínuo debater do corpo.
...
Trecho da cena O Homem de Areia, interpretada por Diogo Liberano e Thaís Inácio, cena integrante do espetáculo AMORES RISÍVEIS, direção de Natássia Vello, dias 07 e 08 de julho, às 20h, na UFRJ/ECO - durante a MostraMais2009, do curso de Direção Teatral.
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2 comentários:
um pecado febril.
"você me tirou pra dançar, sem nuca sair do lugar"
nao vou te violentar, você ja esta fazendo isso, disse ela.
Diogo
vim aqui.
esse texto hein?
rs
ficou tudo, parabens pelo texto da peça, so falta falarmos ele! rs
chacotinha no fim!
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