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sábado, 13 de junho de 2009

busca

atormenta
a blusa agarrada no ir e vir
se desfaz
e sobra linha plena
para enforcar o corpo.

busca sem fim
chuva pinga no rim
e a dor descomunal
desmonta a face
e faz do gesto
semblante inabitual
semblante perverso
posto nele se confunda
a perenidade do corpo
co'a da mente.

minto.

talvez nem tão assim
tão perene
talvez no corpo uma força persista
e a mente dorme sempre mais fácil
e a respiração do corpo respira de outro modo
dá nele tempo de perceber o absurdo ato
de morte.

eu só falo nisso, não?

como orides,
falo talvez sobre o que me tira o sono.

falo sobre isso e isso é desejo
porque se falo
eu me abandono.

porque se eu falo,
eu falo
eu me abandono.
.

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