retira-me o veludo
que diz ser você
a pele
do meu rosto.
rala-me tudo
deixa-me nu
sem saída
quero restar pele e osso
e carne e agonia
no meio de uma
esquina qualquer
no cruzamento
deixe-me parado
ao relento
só pele carne
osso e agonia
deixe-me primeiro
que outra pele em mim
germina
feita das impurezas desse ar
dessa gripe que inconsciente-
mente, conseguimos escapar
pele essa feita de espirros
de galantes sonoros pedidos
do moço pelo seio da moça
que despenca do ônibus
pele feita sem receita
tentada inconsistência no tentar
deixe-me ser
deixe-me estar
é essa a eternidade da qual
não quero
escapar
ao relento
só pele carne
osso e agonia
deixe-me primeiro
que outra pele em mim
germina
feita das impurezas desse ar
dessa gripe que inconsciente-
mente, conseguimos escapar
pele essa feita de espirros
de galantes sonoros pedidos
do moço pelo seio da moça
que despenca do ônibus
pele feita sem receita
tentada inconsistência no tentar
deixe-me ser
deixe-me estar
é essa a eternidade da qual
não quero
escapar
desencapar
tira esse luto de mentira
pois o luto é dentro
não é capa
é morfina
tira esse luto extra
deixe esse agudo silêncio
fazer sobre mim
sua última reza
não quer dizer nada
quer dizer apenas
és capaz de reinventar
pede pela pele poder partir
pela pele pede para ti poder
enfim
ser estar
permanecer.
.
pois o luto é dentro
não é capa
é morfina
tira esse luto extra
deixe esse agudo silêncio
fazer sobre mim
sua última reza
não quer dizer nada
quer dizer apenas
és capaz de reinventar
pede pela pele poder partir
pela pele pede para ti poder
enfim
ser estar
permanecer.
.
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