O movimento é inevitável.
Por sobre o que for
Desce a coluna levando
O Movimento
A culpa ao centro
O medo aos olhos medrosos.
É queda inevitável,
Assinatura por extenso
Do que faz o tempo
Agora já perdido.
Vivido,
Mas perdido,
Como pudesse a vida ser só perda
E de tanto perderes
O corpo agora desce
Despenca suave feito cabelo
Tampando a face
Escondendo-a da sua própria vergonha.
Não se veja.
Não chore. Deve haver alguém do seu lado.
Alguém que ultrapasse especulações e te traga um conforto momentâneo
Imediato.
Não se mova demais,
Já faz o corpo seu movimento mor.
Sabe o corpo seu despencar de cor
E salteando
Ele desce
E nada mais pode haver
Afora o precipício.
Que buraco é esse fundo que encontrei sob mim?
É meu? Espelho?
Foi o que cavei neste tempo
Hoje, perdido?
Não chore. Deve haver alguém.
Por isso não olhe ao redor
Não procure
Sinta a presença imaginária te afagar
Não deves estar só.
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