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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O corpo

Ele me chama
Para tentar de novo
De outra maneira.

Assim não vai dar
Ele me diz que assim
Não vai durar muito.

Penso se quero mesmo durar.

Mas percebo que mesmo
Em fim o corpo é sempre
Convite. Do nascer ao despedaçar.

Os hábitos. Os vícios. O ser humano.

É possível outra coisa?
Outra coisa esta pela qual
Eu tanto luto?

Redemoinho. Neblina. Está o corpo
Gripado. Está fraco o corpo. Ele hoje
É todo cansaço.

Posso dormir?

Ele me pede
Sempre com educação.

Posso?

Eu demoro. Eu dou voltas.
O que falta a mim
Para reconhecer
Minha condição?

Queria um dia morrer dormindo.

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