as dobras do corpo
escondem versos
de outras épocas
o sorriso só é mais cor do sol
porque sempre é mais quente
por conta de outras noites
que não apenas esta
tudo sobrevive concentrado
impresso nos lastros
nada é tão fácil assim de esconder
quando se fala deste corpo
sempre alvo não apenas de mim
mas de um punhado de vocês.
passo as mãos pelos acentuados relevos
que ontem eram pele lisa
deito a mão sobre mim mesmo
e descubro mais do que somente
esta noturna azia
o que fazer?
não se limpa assim tão rapidamente
um corpo disposto ao encontro
tudo dorme junto
por isso, meus ombros
tão propensos à altura
tão dedicados a sair de mim
para me provar que sim
sim, ser um é só possível
por em mim
tantos outros
terem sido.
que lindo
folhear-se
como um romance
sempre em vias
de ser reescrito.
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segunda-feira, 9 de novembro de 2015
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