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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Um saber

Sabes que não haverá fim
Não é mesmo?
Mesmo no fundo, tu sabes
Eu sei, não tem como acabar.

Simplesmente assim, de um
A outro instante, tu bem sabes
Que não se acabam as coisas.

Elas duram, permanecem
As coisas que não tem em seu fim
Nem o abandono.

Veja: forças extremistas irrompem
A paz das utopias tornadas possíveis.
De uma a outra época
Mudamos vozes e timbres
Os sonhos, reféns da moeda,

Recrudescem, não por medo
Mas por não mais haver espaço.

Mesmo assim mesmo fim mesmo mesmo
O futuro hoje passa o café quente
E negro.

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