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terça-feira, 25 de outubro de 2011

não quis

dormir com o rosto fechado
quis abrir algum sorriso
momentâneo a mim,
que fosse
apenas para sentir
o contrário.

não quero
mover o ataque
ao próprio peito
quero dormir pleno
e impaciente
dormir seguro
sem volteios.

fico hoje
sobre o colchão
inoperante,
amanhã, quem sabe
possa eu acordar
e relembrar
o quanto um dia
já fui pusilânime.

não há mistério,
hoje sobrevive
apenas o tempo
as horas
minutos
e um ponteiro-
bengala

para entreter
este segundo
que não passa.

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