quando nos separamos assim
sem ter nada planejado
quando nos separamos no susto
tudo feito ato autoritário
o que é meu mas permanece aí
viajando em seu corpo
entortando o espírito
deixando tudo
assumidamente
louco
o que fica
que eu não posso mais deter
o que meu em você hoje é sina
eterno não compreender
o que eu faço
então
vendo esse presente desfigurado
vendo em mim esforço que em você
é contrário
como eu posso lidar
sabendo que eu sou eu em você
que eu me extrapolo e não bastando a mim
ainda sou mais em ti
eu carregado em você
eu em você ganhando dimensão
ganhando outras cores
fazendo em ti surgir nova canção
...
estamos nos vigiando,
é verdade
tudo aqui você sabe
tudo lá eu também sei
no entanto,
o que vem a seguir?
...
não gostaria que fosse apenas um não cessar de obras paridas pela incapacidade da vida as devorar deglutir impossibilidade da vida em si ser a obra em si ser o amor que não cansamos de aqui e lá performar - deformar - desamar,
.
Um comentário:
essa sua foto de abertura é muito linda. pornograficamente deliciosa.
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