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quarta-feira, 22 de abril de 2009

insustentável leveza

dentro de mim uma ânsia corrói o mundo
eu, miúdo, lutando para fazer da crença a minha construção
ilustre
utópica
mas tão tátil fosse estivesse aqui na minha mão
neste momento
onde vida é não só sinônimo
mas também pura transformação.

dentro de mim uma ânsia revira o íntimo
revira de dentro para fora
e já não há segredo
pois todo ele virou hino
e é sagrado

o desejo de eros
e de thanatos
são complemento
se amam

amor não é autoritário
é balança

distribui os pesos
e hoje o seu corpo
é também puro amor

disfarçado em dor.

veja como é lindo isso
ser você veículo da paixão
veja como é lindo imersa onde está
surgir ao seu redor tantas mãos

dizendo, venha comigo
vamos mudar juntos isso.

acredite
há como se transformar

pois existindo ainda um pedaço
não há todo que se possa completar

os pedaços são feito fatos

feito pedras

feito memória

encho-te de abraços.

e seguimos
pois seguir é adiante
pois adiante é o seguimento
da dor
do tormento
é o seguimento

do amor
do ressurgimento.

 

2 comentários:

Vanessa Gomes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vanessa Gomes disse...

Os pedaços são feitos de talos
Verdes.
O corpo comporta dor e o amor.
Um balança sem lógica
Regada de lágrima, sangue e saliva
Saliva
por um novo amor
fomentado pelo desejo
insustentável
do fato consumado
e inventado
no toque leve da pele
vermelha.

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