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quinta-feira, 11 de junho de 2015

Aquilo que se tem

Em mãos
Trago o que restou
Sou eu
E tudo aquilo
Ainda não
Vindo.

É tanto
Que converso
Sozinho
Comigo.

O peso entre as mãos
Dissipa alguma perdição
É que tudo já tanto se gastou
Que ter esta densidade
Afagando os dedos
É puro tesão.

Ouço músicas que não conheço.

Namoro o calor do sol.

Danço mais do que represento.

Tudo se multiplica
Quando o que se tem em mãos
É também a consciência
Que te enzima.

A janela foi se fechando e senti calor.

Demorei um tempo
No calor
A perceber
que basta abrir caminho
Para se refazer.

Hoje
Como antes
E amanhã

Tudo é preciso.

Sento sobre silêncios e sexos soberbos.

Impaciento-me intensamente implicado em imergir e lá ficar.

Vasto mundo.

Eu o vejo
Eu o ouço
Eu te esponjo

Eu estou aqui.

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