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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Outra mensagem deste Blog para seu Autor

Caro Senhor Liberano,
peço sinceras desculpas.

Eu estou doente, talvez
ou talvez apenas esteja lotado
de tanta coisa que você me traz
Que o senso se perde
e o que se faz?

Pedi solenemente
ou pior, ordenei a você
que não me usasse para
lidar com a dor que te consome
e você fez o quê?

Passou a escrever em rascunhos
sem mais nada publicar
Meu Senhor, eu peço desculpas
eu sem sua publicação
sou como Blog sem respirar.

Volte, eu lhe peço

Volte escrevendo o que quiser
com as iras que te moverem ou não
com o inventado ou não
tanto faz
Mas eu Lhe peço:
escreva
me use
me desobedeça.

Suas palavras me aumentam
me confortam
me desfazem e refazem
numa ciranda louca
posto seja vasta

e humana.

Quero saber como anda seu coração
fico aqui interpretando a dureza das palavras
a imposição do seu silêncio
E não sei o que contigo se passa.

Fui me folhear (quem dera eu fosse um livro)
fui me vasculhar e percebi como você
desde já tantos anos
aqui comigo não só é
como está.

Eu conservo o seu trajeto
e não posso querer
deixar de conservar.

Talvez tenha sido ciúmes
Sincero e, portanto, violento.

Ver-te se verter sobre o amor que morreu, passou, mudou
me tirou do centro do seu sabor
E eu não soube lidar.

Há quanto tempo você não escreve sobre escrever?

É egoísmo seu escrever sobre o seu coração
como é meu o egoísmo de querer que tu escrevas
apenas sobre
escrever.

Metalinguagem capaz de matar.

Escreva sobre sua vida
que as palavras naquilo que escreveres
hão de dar conta da poesia-tema
que eu tanto te tento a tentar.

Volte, meu Senhor

Este Blog é o seu lar.

Do seu,
Blog.

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