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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

ToCa

pouso a mão
é uma só
não se assuste
ainda sou eu
concentrado
porém
num só ponto.

oh, dó
se te vejo
quebro dentro
e em mim
te opero
cosendo partes
fazendo rima.

pouso a mão
morna
nunca antes
nem depois
pouso-a firme,
porém,
é minha forma
de dizer
tenho um plano.

vem,
diz um dedo
sobre ti
resvalando.
vem que tem mais
os outros
sobre ti
dançando.

uma só mão
são as duas
quando entra a noite
e resto aqui
ante ao teclado.

que mar
improvável
são as letras
sem teu corpo-
quadro
mar improdutivo
de ondas secas
e carinhos pequenos
mar diminutivo.

pousa a mão
mas tenho nos olhos
cerração.
não vejo nem ouso ver
sem você
só mesmo sendo ficção,
para ir e brincar
de pousar
sobre você-
porto
seguro em ti
e voo
ou não.

pouso a mão
aqui e recrio minha condição.
que poderia haver entre nós
que não isso
que não poesia
que não só
canção?

estamos lindos.

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