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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

não chame o tempo

olha, deixa
quando eu morrer
isso vai virar algum ressentimento
e talvez nem sequer fofoca.

deixa, não se importe
eu também posso estar fadado ao fim
isso acontece.

eu não te pedi que me fizesse estrela
nem que me levasse junto na sua cauda,
eu queria abrigo sim
mas podia ser só um abraço
era para ser lúdico
e não
ensaiado.

deixa, é sério
se a gente da gente se perdeu
isso pode aquecer a tarde de alguém
isso pode virar ficção
confusão, que seja
mas não câncer
não dor
não algo pelo o qual
você ache que me deva pena
ou mesmo inda amor.

não vamos incluir o tempo só porque nele nos perdemos.

ele não tem nada a ver conosco e nada poderá fazer,
portanto

vamos reconhecer: não há nada entre a gente
e isso pode ser algo simples sim
com direito a pulo de linha
e pontuação final
mas não mais
eu te peço
exclamação.

eu te peço:
não sue e mantenha fria esta cabeça
alguém que não mais eu
há de vir
e te tirar para bailar:

é que eu cansei da sua tropiencalha.

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