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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

perdoe-me...



eu tornei você algo impraticável? não foi? peço desculpas. mesmo.
não posso prometer o que virá a seguir, mas... é verdade, preciso cuidar de nós dois. eu e você. nem te peço que cuides de mim, porque sempre foi tão cuidadoso mas agora parece querer me repetir. estranha fixação.
eu vou tentar.
de propósito, prometo, vou buscar o caminho, buscar a veia certa, quero te desengasgar. quero te libertar disso que te prende e te faz assim, tão de mim distante, mesmo perto, tão longe. tão longe. tão suficiente. tão bélico e capaz de amar. ao mesmo tempo. o que você ama?
não. peço desculpas.
certas perguntas não são perguntas que possam ser perguntadas.
guardo-as aqui comigo.
o que você ama? às vezes eu me perco e pergunto uma delas, assim, sem fim, sem querer resposta.
mas se você me dissesse, eu diria sim.
sempre sim, eu vou, você sabe, eu sou alguém já perdido.
fica. eu te peço. lá fora tá chovendo muito. é bom se molhar. mas de suor. contido.
sem descarrego.
não precisamos estando assim tão únicos não precisamos ser nossos próprios inimigos.
fica. que eu te abraço.
faço a gente se costurar de volta.
fica que eu faço um café de novo
e vamos então de novo selar as mãos
e dizer
aqui
no
branco
o tamanho de nossas enzimas.
o tamanho dessa sede dessa fome dessa constante tentativa: o amor.
peço desculpas.
pela viagem, pela ida e não pela volta.
eu voltei. sempre e de novo a cada hora. eu te explico. neste mês, vou falar sobre você.
aos outros, vou falar de ti. dizer como se porta quando está nu diante de mim.
não é exposição, amor, é sina, nem amor é, amor, é fixação.
deixa eu explicar... eu não sei,
gosto disso
nisso há sofrer
eu gosto de te multiplicar
de te desenhar com outro rosto
os quais amo tanto
quanto este de agora, olha
Fica. Eu canto uma ode
eu invento canção
eu sambo neste quarto escuro
até fazer o sol nascer,
por ti,
não me deixe, um dia é certo, um dia a gente vai se entender.
Então,
peço desculpas
por tudo aquilo que não sei compreender
Peço desculpas, eu
não há mais o que chorar
Te partir ao meio
é também se extravazar

Se essa palavra existe
não faz sentido perguntar
porque você sobre mim
agora
ante mãos minhas
você existe
e isso basta.

p.s: i'm usually sleeping alone. 
  

4 comentários:

Anônimo disse...

vc arrasa!!! amoo mto!

TUA FILHA GOSTA~ disse...

----esse outro blog [mentiraminha.blogspot] é o quê?

[;]

dói tanto qd perto, o outro está longe e tão suficiente. [...] dizem que eu costumo fazer isso. será? sei que dói o contrário.

fazer versos do outro, do vivido, jamais é exposição. estando ele nu ou não. a máxima de Kafka, diz muito: "tudo que não é literatura [e eu acrescento: poesia] não me interessa". sendo assim, é mais do que sina e fixação. é criação, é inspiração, é interesse, é semente. E GERMINA. só por isso, talvez, baste o tudo.

((-_-)): [ouvindo] enqto isso - marisa monte

TUA FILHA GOSTA~ disse...

----não precisava arrumar tanto o cabelo no vídeo. tá linnnnnnnnnndo. a barba tb tá diferente. APROVADÍSSIMA. ;]

TUA FILHA GOSTA~ disse...

---sim! na euforia mando logo o comentário e dps quero acrescentar e nisso são quase sempre 2, 3 comments. hahaha¬¬

só vim dizer uma coisa: eu viajo em você.

:*

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