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sábado, 30 de agosto de 2008

Sumo


Estava em dúvida
Como não saber
Se doce ou ácido
Se mais vazio
Ou menos cheio
Se pego pela perna
Ou se rumo
Rumo ao meio.

Inquieto por não conter
Os dedos calmos
Nem o resto intacto
Mas tudo assim remexido
Feito rastro melado
Do bicho lagarto
Sobre o caule
Indefectivelmente áspero.

Assim pois, aceitei a chuva
E lavei nela primeiro
O dorso
Como se regado primeiro pelas costas
Visse primeiro o mundo
E depois meu sumo
Taciturno suco
Do não se conter.

Um comentário:

Anônimo disse...

Fernando Pessoa. (hehehe0
oh, poeta!

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