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domingo, 17 de agosto de 2008

O Pedido da Enfermeira

Um galo sozinho não tece uma manhã. Ele sempre precisará de outros... Então como posso imaginar que é possível eu amar sem ter em quem depositar tudo isso que despenca do meu peito? Sou vaso vazio de tão cheio! Sou rio raso de tão profundo e riso tão frouxo, pois inseguro. Essa é minha condição. Por favor, aceitem o real que é essa confusão. Para mim um só não basta e eu não sei onde desaguar, vendo assim tantos amores morrendo e o meu aqui dentro, esperando à hora de acontecer ou de abortar. Eu já não agüento mais agüentar! Posso então chegar mais perto? Eu posso? Sentir sem medo, pisar no acelerador e não mais no freio? Posso me abrir sem temer o cortar? Posso me despir sem me envergonhar? Eu posso brincar disso que se chama amar?
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Um comentário:

Anônimo disse...

cara: muito bom. foda de bom! Parabéns!

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