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sábado, 17 de outubro de 2015

Frio

O corpo se volta a si mesmo
Lá fora hoje o que há não me serve
Deitei aqui e já não lembro
Se amanhã será dia ou
Apenas noite.
Um cansaço tenaz.
A pele quer se manter
Mas não pode, porque há frio.
Cessar, portanto, tentativas
Reconheça que ao menos hoje
Estas afogado sob o martírio
Que é ter que existir.
Tanto a mudar tanto a fazer
Que não resta nada exceto
Sono acordado.
Denso estranhamento a si próprio,
Ó corpo meu,
Destinado.

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