Tomei uma decisão.
Só falarei novamente sobre arte, sobre o que tanto estudo, se tiver diante de mim corpos saltantes experimentando tudo.
Corpos em atualização. Tudo lido agora é repassado ao corpo. Corpo agora será escravo desse perverso jogo dos conceitos e classificações.
Se não puder beber nem comer com meus atores. Se não puder eu ser o autor nem eu o ator ou diretor ou sequer estar com a lanterna na mão, enfim, prefiro então estar dormindo. Sonhando, pensando estar livre e isento.
E foda-se agora se não tiver ninguém ouvindo. Eu me faço escutar na próxima esquina. Eu me faço escutar nas paredes tingidas do meu quarto.
Decidido. Não vou revogar.
Arte agora só em comprimido. Arte agora só por injeção ou contaminação. Será dada ao corpo inteiro. Não mais às partes sequer a uma só mão.
Arte agora tragando tudo e não somente a tirar o sossego dos cabelos – eternamente revolvidos – quero ver arte agora tirando o sossego das pernas e criando no desajuste um novo ritmo preciso.
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