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segunda-feira, 25 de julho de 2011

ur

enquanto você não vem
eu sigo indiferente
machucando meu corpo
entupindo minha
mente

não terá jeito
isso que faço é gesto
demente
gesto automático
insistente

enquanto você não vem
eu fico
eu duro
eu persisto
como posso a ti
ser frio
rígido
e ausente?

seu sorriso
escancara o céu
anoitece meu inconsciente
em você
eu vou contínuo
e de novo
mais uma vez
seja eu,
talvez impaciente.

como posso a ti
ser descrente
se quando durmo
durmo ciente e
se quando acordo
mais uma vez
por ti
sou
torrente?

eu fico.

não é pergunta
é fato
insígnia dormente
é o que me toma
me avassala
e faz ser poente

toda nova tentativa

minha
a ti

de novo
e mais uma vez

urgente.
 

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