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quarta-feira, 20 de julho de 2011

ei

eu escrevo hoje
para não me cair
em esquecimento.
escrevo não para cessar
segue sem fim
meu tormento.

e ele tem asas
e ele tem suas pernas
seus rostos
suas caras
ele tem seu medo
meu tormento
é você
convertido em caixa-preta

velada
esperando a morte
para ser revirada
esperando o fim
para dizer
eu também te amava muito
eu também tive medo
ao descobrir que sim
poderia um dia
ter gostado
de ti
de você
simples assim
por que você não vê?

você
você que tanto sobre o você se debruçou
você querendo entender o você
se esqueceu de você mesmo
e nisso
atraquei.

como pode?

quer ajuda?

eu não sei responder
mas me divertiria
essa busca, apenas

como quem vasculha
e se desorienta
certo
de que a aposta
tinha sido
apenas
partilhar sorrisos.
 

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