dorme
quero ver dormir
esse seu corpo
inflamado em potências mil
dorme
eu quero ver
você se despedir
com destreza
dessa sua vontade imensa
vontade travestida de ira
de revolta
de irredutibilidade à não-presença
dessa ida
dessa forma de se ver o mundo
dessa coisa chamada corpo
criada na fornalha
viva
que é
o segundo
deste instante
momentâneo.
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