Não posso dizer mais nada.
Meu corpo foi destituído do direito de se falar.
Fui eu mesmo quem o proíbi.
Ele precisa se controlar.
Dizer apenas o preciso
sem isso de se contorcer
de se espremer
de tentar se amar.
Eu mesmo quem calei
e costurei as linhas
e fiz os pontos e vírgulas todos numa mesma oração,
Numa só prece que clama agora por silêncio.
Até que se gere uma nova palavra
dentro
e com asas
serás fora quando for tua hora.
.
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