Há uma precisão sobre as coisas que só conseguimos deter depois que o tempo passa. Certas coisas não se podem compreender nem sequer um sentido assimilar exceto através do tempo. Coisas que fogem feito fumaça que escorregam e despencam escada abaixo - essas mesmas escadas que cruzamos todos os dias na urgência de um ou outro compromisso.
Certas coisas precisam antes do nosso sumiço para se fazerem plenas. A completude existe sim. Mas vem junto com a morte. Um dia ele me disse,
Eu fico pensando quantas mortes serão necessárias para se capturar o instante? Quantas serão necessárias para gerar esse outro entendimento do amor, que não acaba ali, que não despenca ribanceira abaixo, esse sentimento do amor que perdura, agora novo, agora noutro estado. Eu me pergunto quantos peitos mais irei amar e em quantas mortes de peitos devo eu desaguar?
Um dia, quando alguém se completou em minha vida, sofri por não compreender o que o tempo no seu exato presente me dizia. Pensava com persistência tenaz,
Certas coisas não se compreendem de imediato. E a compreensão não perpassa necessariamente o que digo. Perpassa e extravaza primeiro um coração.
Vou ouvir com atenção. Vou observar o porquê dessa fixação. Com a morte. Estou nisso parado (vagando) - não em busca de resultado. Investigando essa estranha fixação que me faz prever a morte do pêssego que acabou de amadurecer. Às vezes é bem literal. Às vezes transmuta-se em línguas que não saberia descrever. Certas vezes tudo é tão simples como ser livre e querer voar. No entanto, em todas elas, paciência. Não saberia dizer outra coisa. É este o meu momento. É esta a minha coisa. E não é tão ruim. É necessário. Faz parte de um caminho, não necessariamente arbitrário.
Certas coisas precisam antes do nosso sumiço para se fazerem plenas. A completude existe sim. Mas vem junto com a morte. Um dia ele me disse,
Tudo o que se completa deseja morrer.Que desejo é esse que há além de um morrer? É o desejo do eterno? É a sabedoria do retorno? Viver como um espectador - de profissão. Olhando os nossos atos com olhos recém-lançados para a inevitabilidade dos nossos rastros/rabos.
Eu fico pensando quantas mortes serão necessárias para se capturar o instante? Quantas serão necessárias para gerar esse outro entendimento do amor, que não acaba ali, que não despenca ribanceira abaixo, esse sentimento do amor que perdura, agora novo, agora noutro estado. Eu me pergunto quantos peitos mais irei amar e em quantas mortes de peitos devo eu desaguar?
Um dia, quando alguém se completou em minha vida, sofri por não compreender o que o tempo no seu exato presente me dizia. Pensava com persistência tenaz,
Quanto mais se ama mais se dói e mais e mais...Passe uma semana querendo não amar, querendo não sorrir, querendo não me entregar. Temia amar e depois ter que fazer ser parte - do meu amor por você - a morte. Como me assustei, como criei transtornos e me machuquei. Veio então o tempo e eu vi, como foi mais doloroso que o morrer o não amar. Como doeu mais em mim o tempo perdido do que o seu enterrar.
Certas coisas não se compreendem de imediato. E a compreensão não perpassa necessariamente o que digo. Perpassa e extravaza primeiro um coração.
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Vou ouvir com atenção. Vou observar o porquê dessa fixação. Com a morte. Estou nisso parado (vagando) - não em busca de resultado. Investigando essa estranha fixação que me faz prever a morte do pêssego que acabou de amadurecer. Às vezes é bem literal. Às vezes transmuta-se em línguas que não saberia descrever. Certas vezes tudo é tão simples como ser livre e querer voar. No entanto, em todas elas, paciência. Não saberia dizer outra coisa. É este o meu momento. É esta a minha coisa. E não é tão ruim. É necessário. Faz parte de um caminho, não necessariamente arbitrário.
And it's not so bad, it's not so bad...
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