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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

CORDAS

doce grave azul doentia
tudo o que você me diz vem em mim e se eterniza
feito são com as rimas
que colam no corpo e fazem o sorriso nascer feliz
o sorriso nascer sedento
sal doce amargo ao vento sabor
eu te toco e nunca sei de cor a cor
eu nunca sei o que virá a seguir
porque em você nada é possível
nada mesmo se prediz
fica ficando fatiga fazendo planos
que amanhã o piano a gente junto vai tocar
puxa remexe ousa usa assuma isso incapaz de controlar
deixe deixando deixar deixou a deixa
persiste menina menino barão ou condessa
que o sol vem mesmo para todos
o sol vem mesmo, para todos eu canto a canção
dos dedos do dedão do desatino da desconcentração
eu me perdi nos seus olhos eu me achei
eu me olhei na perdição e em você eu me fiquei
assim desse jeito nessa forma com este semblante meio ao meio
partido partindo permitindo partir o processo
você reverbera em mim faz um eco do tamanho desta noite
mais uma vez que rima é essa incapaz de fechar
rima incapaz de morrer sintoma sintonia sinestesia
aplausos.
.

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