A minha voz fraqueja, mas eu preciso tentar. Eu preciso curar, isso que aqui ainda é espasmo, tentativa arrastada de se continuar. Estou de peito aberto, os tiros já não me podem furar. Tudo aberto, eu me pergunto agora o porquê de você não querer entrar.
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Deixo que toquem este violão. Que teclem este piano. Este corpo seu que hoje não está aqui, eu deixo ir. Eu deixo partir, eu tento pelos segundos escrever de novo a minha necessidade de ti. Eu tento ir nisso compreender o que está impossível, eu devo dizer, impossível.
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Venha agora. Pela noite, pelo vento, venha a qualquer custo em qualquer hora venha neste momento. Eu preciso. Eu resvalo este silêncio eu o pingo, feito o café neste exato instante, sendo feito, sendo filtrado, sendo criado. Uma obsessão a conta gotas. Onde cada pingo sinaliza o desespero, que se constrói mais e mais a cada dia sem você.
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Aberto, eu estou, joelhos, preciso de ti. Onde estou? Ana. Onde estou? Ana, me escutas? Estaria eu no ar, voando voando voando sem te encontrar? Sim. O amor é o fim. Foi onde chegamos. Onde eu estou. Onde estou e que talvez seja onde não quero estar.
Aberto, eu estou, joelhos, preciso de ti. Onde estou? Ana. Onde estou? Ana, me escutas? Estaria eu no ar, voando voando voando sem te encontrar? Sim. O amor é o fim. Foi onde chegamos. Onde eu estou. Onde estou e que talvez seja onde não quero estar.
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Uma música para ti, uma música que resvale e me faça acreditar, Ana. Acreditar no impossível. Acreditar, nas reticências. Deixe tocar, deixe repetir, deixe-a cicatrizar.
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Uma música para ti, uma música que resvale e me faça acreditar, Ana. Acreditar no impossível. Acreditar, nas reticências. Deixe tocar, deixe repetir, deixe-a cicatrizar.
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