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quinta-feira, 23 de julho de 2009

a graça do encontro

o que eu posso te fazer
sem que te machuque
ou te faça sangrar?

como posso me dizer
sem que pela minha voz
eu comece a te desvelar?

o que devo, enfim deter
que eu não corra o risco
de te desesperar?

como posso então despir
esse toque capaz de te acalmar
apenas,
como quem toca a relva
e amanhece com a respiração
amena,
hoje ela é mais divina,
hoje é mais humana,
é efêmera.
o que fazer, então
tu podes me responder?

ou podes tu ser esse ser - anônimo -
que teima e que teima
e que teima em não reconhecer
mas pode ser!

o anonimato é nome
e ser anônimo é ser pleno
jogo capaz de conter:
tu que lá se escondes
e eu aqui a me enlouquecer
eu aqui querendo saber
onde foi que encontrou você essa máscara
- para mim -
seus olhos sempre são fim sem fim.

podes ser anônimo,
eu não ligo, eu me esquivo
e me perco na eternidade do nosso desencontro

podes ser anônimo,
eu imprimo - na pele - essa busca ganha íntimo
só para que o jogo não tenha fim
só para que o jogo
não tenha, enfim
a graça do encontro dos sorrisos.
.

Um comentário:

kellyezaki disse...

----os primeiros trechos é tão o que eu tô vivendo nas amizades recentemente........

(...)


>>>o que eu posso te fazer
sem que te machuque
ou te faça sangrar?


como posso me dizer
sem que pela minha voz
eu comece a te desvelar?


o que devo, enfim deter
que eu não corra o risco
de te desesperar?

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