Eu morro pelo nome. Meu peito não está vazio, meu terreno não está baldio. O que tenho em mim persiste feito doença. Cura-se a todo o momento, mas volta mal se passa o vento. O que tenho dói e me engasga. Remói e me atrapalha. Impede-me de ver o que acontece diante de meus olhos. Já nem posso mais ver você. Apesar de estar contigo a todo o instante.
Eu sedio em mim a dor. Eu a aceito com prazer. Aprendi a me ver no doer. Sempre sofrendo, sempre gritando e gemendo. Uma hora ou outra era de se esperar que a lágrima forçada coincidisse com a facada. Hora ou outra não me seria surpresa caso o roxo da pele se parecesse com o espancamento em reunião de família.
São tentativas. Porque as coisas estão quebrando e quando eu penso costurar algum caco, um corpo frágil despenca noutro lado e me deixa assim, com esse ar inacreditável. Inacredito por não compreender como amor em ódio pode se converter.
Eu largando os vícios. Eu revendo princípios. Mas para quê? As coisas estão morrendo e já não existe o meu eu com inúmeros você. Ah, é dor. Estou sabendo nesse momento o que é dor. Não mais pelo nome, não pelo efeito, a dor que apreendi agora tem a ver com o peso do peito com o trincar dos dentes e o gritar do silêncio. É frio incomensurável e solidão angustiante que me faz pescar em cada esquina um anzol que me extravaze. É poesia. É culpa. É liberdade. Expiação...
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