solicito mais espaço.
obrigado.
solicito abrir caminhos.
impossível.
como?
obrigado.
no seu olhar eu vou inteiro
sem medo sem consternação
eu nele me faço,
inteiro o invado
e remo
e nado
eu nada mais além disso
sigo ciente do nosso co-
lapso.
|
queria se possível quentura.
queria se possível doçura.
queria se possível sujeira e sebo
queria o tom da pele propenso ao desespero
mútuo
e empoeirado.
cansamos, nós dois, dessa poesia
dessa verborragia metida a besta
eu cansei
devo dizer
EU CANSEI
queria ser esperto para outra coisa que não essa redundância
auto-comiserativa.
as palavras seduzem
e convidam ao jogo
tão longe
ainda vivo
as luzes partem
a música morre
mas eu não vejo
que é só um pedido
esse meu
oh!
|
jump again
my coffee is getting cold
e eu continuo tentando o intentável
o impossível
o lago submerso sob versos
a luz difusa do abajur prateado
tudo cromado
o seu rosto
o seu peito
o seu sorriso
sobre mim
despedaçado
licença,
eu te peço
preciso me encontrar antes que me acabem os cigarros.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário