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sábado, 5 de novembro de 2011

Publicação

em branco
a parede
espera.

quereria se possível
não ser tela nem possibilidade
mas paciente
aguarda
e espera

o toque
o risco
o tra-
ço sobre o corpo
a revelar
mentiras

eu de pé me ponho
embriagado
com pen em punho
risco
e risco
e abandono
(qualquer organicidade)

hoje a noite é criação
hoje a noite me invade
e eu não tenho
conceitos,
a priori.

risco
seta
veia
tiro
rito
trio

isso:

recomeço
os rabiscos
porque não tenho
nada
exceto
essa desesperança
exceto este corpo
impaciente
por toda
e qualquer
mudança.

troco

revolvo

doo

e recoloco a mão sobre o concreto:
o amanhã sou eu quem desenho.

o amanhã sou eu quem desenho.

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