em branco
a parede
espera.
quereria se possível
não ser tela nem possibilidade
mas paciente
aguarda
e espera
o toque
o risco
o tra-
ço sobre o corpo
a revelar
mentiras
eu de pé me ponho
embriagado
com pen em punho
risco
e risco
e abandono
(qualquer organicidade)
hoje a noite é criação
hoje a noite me invade
e eu não tenho
conceitos,
a priori.
risco
seta
veia
tiro
rito
trio
isso:
recomeço
os rabiscos
porque não tenho
nada
exceto
essa desesperança
exceto este corpo
impaciente
por toda
e qualquer
mudança.
troco
revolvo
doo
e recoloco a mão sobre o concreto:
o amanhã sou eu quem desenho.
o amanhã sou eu quem desenho.
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