Ora são muitos
ora tiram férias
Eu não seduzo esta função
eu não sou apto para esta
auto-defesa.
Eu não tinha lido em lugar nenhum.
Eu fui esperto.
Eu senti que seria necessário ceder,
sabem?
deixar a derrota te derrotar
e parar
como quem para não para a foto
mas para respirar a cinza
das horas não-
brincadas.
E então
minha inteligência me salvou
minha esperteza me jogou menos fora
O que fui de mim
sobrevive hoje
nos jogos a mim destinados
O que fui de mim
hoje sobrevive intacto
no divertimento
de se reconhecer matéria plena
ao aborrecimento
de se saber campo provável
para a aniquilação
e para o descon-
tentamento.
Eu não queria que fosse assim,
eu não queria que fosse certeza
MAS EU PRECISO NOS DIZER:
eu não sou homem feito para tolerar fraquezas.
Ou você, corpo meu, me leva ao diante
ou eu te tombo por sobre si próprio
e faço desta eternidade mutável
túmulo cova e harmonia
constante.
Pena.
Num próximo poema
talvez eu poete outra
possibilidade.
Por enquanto,
resto no quarto lacrado
entretido ao meio
pelo horror-sincero
desta sinceridade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário